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Horta comunitária no condomínio, que tal apostar nessa ideia?

Horta comunitária no condomínio, que tal apostar nessa ideia?

Iniciativa traz benefícios para a saúde e para o bolso dos condôminos e pode se tornar uma responsabilidade de todos os interessados, não apenas do síndico

Saber o que está comendo, qual a procedência do produto, se foram ou não utilizados agrotóxicos, se está bom ou não para o consumo, são algumas das preocupações diárias de quem faz compras ou cozinha em casa. Além de saber de onde vem o produto que vai à mesa, é preciso pesquisar para garantir preços bons. Mas e se todas essas preocupações diminuíssem? Isso é possível com uma horta comunitária no condomínio.

Tem coisa melhor do que precisar de algum produto ou tempero e ele estar à mão com facilidade? E mais: ele não tem substâncias tóxicas e está a apenas alguns passos de sua unidade? Esses são alguns dos benefícios que uma horta comunitária no condomínio pode proporcionar. O sentido de comunitária é claro: todos cuidam e todos colhem!

Como começar uma horta comunitária no condomínio?

Se a ideia é atraente, é hora de repassar aos demais condôminos e levar para aprovação em assembleia, para evitar reclamações posteriores. Trabalhe a novidade entre todos, mostrando principalmente a comodidade, a economia e os benefícios para a saúde.

A partir disso, é hora de pensar no lugar! Algumas pessoas acham que é preciso um grande espaço para ter uma horta comunitária no condomínio. Ledo engano. Um espaço pequeno é suficiente para começar a plantar alguns temperos, utilizando parte do jardim, canteiros – que necessitam de tijolos, impermeabilização e terra apropriada — ou ainda vasos verticais, que podem ser unitários ou maiores, abrigando mais mudas..

É importante que este local receba bastante incidência solar, pelo menos 4 horas por ida de sol, para a sobrevivência das plantas.

Horta de quem?

Como o nome diz, horta comunitária, isto é, pertence à comunidade do condomínio. Quer dizer que todos têm responsabilidade sob ela. O ideal é que alguém assuma os cuidados básicos, principalmente pela rega, ou que seja elaborada uma escala dentre os condôminos que se disponibilizarem. Dessa forma, evita-se que as plantas não sejam molhadas ou que receba água em excesso.

Assim como na manutenção do paisagismo predial, é preciso que alguém fique responsável. Nesse caso, o síndico pode assumir essa função, mas outros condôminos que gostem do tema podem se oferecer para a tarefa.

A rotina é simples: depois de plantadas, deve-se regar, colher – a poda deve ser bem rente ao solo, para que a planta volte a crescer -, e retirar as ervas daninhas. Mesmo com uma pessoa (ou várias) responsável, é válido deixar o acesso livre, para que quando faltar aquela cebolinha no tempero o condômino possa buscar sem burocracias.

O que e como plantar na Horta Comunitária?

Antes de tudo é importante pensar o que se pretende plantar, levando em conta o espaço disponível, as preferências e cuidados que cada espécie exige. Comece por ervas e temperos, alecrim, manjericão, salsinha, cebolinha. Outras possibilidades de plantio mais simples são alface, couve, tomate, cenoura e hortelã.

É importante saber que tipo de erva gosta de muita água ou não, e quais eventualmente podem compartilhar o mesmo vaso, caso seja necessário compartilhamento de espaços, mas o ideal é que as mudas sejam plantadas separadamente, para que não cresçam uma em cima da outra.

Leve em conta também a profundidade do solo – algumas plantas precisam de mais profundidade que outras -, e o clima da época do ano.

Algumas dicas sobre as espécies mais comuns de temperos:

– Salsinha: prefere lugares mais frescos e com luz indireta

– Cebolinha: precisa de luminosidade direta

– Alecrim e sálvia: preferem solo mais seco e luminosidade direta

– Manjericão e salsinha: preferem solo mais úmido

– Tomilho: pode ser plantado em vaso pequeno e precisa de bastante sol.

– Hortelã: deve ser plantada sozinha, gosta de água e bastante sol

 

Se a horta for feita em vasos, é importante seguir alguns passos:

– Vasos devem conter furos embaixo para que o excesso de água escoe;

– Primeiramente coloque uma camada de argila expandida para a drenagem da água, ela ajuda a manter a umidade certa (deve ocupar em torno de 10% do vaso);

– Em seguida cubra as pedras com a manta de bidim (manta de drenagem), ela serve como filtro, permitindo a drenagem apenas da água e mantendo os nutrientes da terra. Pode ser substituída por qualquer outro tecido poroso, de preferência com algum sintético na composição para que não se decomponha com o tempo;

– Por fim cubra a manta com terra, lembrando de não compactar demais, isso ajuda na umidade da terra;

Regue a horta em horários que o sol não esteja muito forte, de preferência pela manhã ou final da tarde. Também é recomendado adubar a horta pelo menos duas vezes ao ano.

 

Integração entre os condôminos

É possível fazer kits de colheita periódica, para que todos os interessados se beneficiem, deixando-os em um lugar pré-determinado para que cada condômino pegue o seu. Bom senso nesta hora é fundamental: lembre-se de que a horta é para todos.

Escalar crianças como monitoras para cuidar da horta do condomínio também é uma boa opção para educar e divertir ao mesmo tempo.

Quer integrar ainda mais os condôminos? Que tal pensar em refeições comunitárias, com as colheitas realizadas? É uma boa forma de socializar com todos e conhecer melhor os vizinhos.

 

Outra dica, é colocar placas com o nome das plantinhas, assim, facilita a vida daqueles que não têm muito conhecimento, mas querem aprender!

31/07/2018 | Categorias: Vida em Condomínio

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