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Espaço pet em condomínios: animais são os novos queridinhos

Pandemia contribuiu para o aumento do número de animais em casa, fazendo com que os condomínios se reformulem às novas exigências dos moradores, com a oferta de espaço pet

Cerca de 30% dos brasileiros optaram por ter um animal doméstico no último ano, de acordo com pesquisa realizada pela Comissão de Animais de Companhia (Comac). A pandemia foi um fator que contribuiu para este aumento, já que grande parte das pessoas passou a trabalhar em casa em tempo integral ou durante alguns dias da semana.

Destes, 23% está tendo um animal em casa pela primeira vez. Com esta mudança no perfil das famílias, a procura por condomínios com atrativos para os animais também cresceu.

Espaço pet ou pet place, pet garden, pet play, space dog e outras inúmeras nomenclaturas semelhantes querem dizer a mesma coisa: espaços exclusivos para os animais, em especial os cães, com brinquedos, bebedouros, em uma área cercada e própria para que eles gastem energia, interajam e tenham mais qualidade de vida.

Espaço pet: uma necessidade real

Dados da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet) estimam mais de 140 milhões de animais domésticos no Brasil, fazendo com que essas áreas exclusivas sejam um diferencial buscado por muitas pessoas.

A criação do espaço é vantajosa para todos, pois oferece:

– Segurança para o animal, que tem uma área em que ele pode gastar sua energia, fazer as necessidades e brincar;

– Comodidade para o dono do animal, que não precisa sair do condomínio para passear;

– Interação entre vizinhos, o que é ótimo para socialização (tanto entre os animais quanto entre os humanos);

– Diminuição do estresse do animal, que faz com que ele seja mais tranquilo, não destrua a casa e não incomode os vizinhos.

Este último item é muito importante para a vida do animal. Muitas pessoas passaram a ter um pet na pandemia, mas hoje já voltaram aos escritórios, deixando o bichinho sozinho e trancado em casa o dia todo.

Dependendo do perfil do animal, essa mudança pode causar um estresse grande, que acarreta em comportamentos mais agressivos, destruição de coisas, latidos e uivos constantes, entre outras situações desagradáveis para o dono e seus vizinhos. Por isso, fique de olho e, se necessário, procure uma creche para que ele passe o dia.

É preciso ter algumas regras

Como em quase tudo que é compartilhado nesta vida, o espaço pet também precisa ter algumas regras para que se mantenha a ordem e não vire um espaço de balbúrdia. Listamos algumas sugestões, que devem ser fixadas na entrada do espaço, após aprovação em Assembleia.

– Segurança: faça um cadastro dos animais antes da utilização do espaço, com nome, idade, raça e unidade que reside. Isso ajuda a controlar o acesso e caso haja algum problema. É importante solicitar o uso de plaquinhas de identificação/contato no pet, uma necessidade imprescindível em caso de fuga.

– Saúde dos animais: peça para que os condôminos mantenham as vacinas de seus pets em dia, para não comprometer a saúde dos demais. Se possível, restrinja o acesso de filhotes não vacinados, para evitar a contaminação de doenças perigosas, como a cinomose, que pode ser irreversível.  

– Uso de focinheira: é possível se basear na legislação municipal e obrigar o uso de focinheiras para animais a partir de determinado peso ou tamanho. Dessa forma, evita-se que uma possível briga se torne um problema mais grave.

– Higienização em dia: brincou, sujou, limpou. Como os animais não conseguem recolher suas necessidades e jogá-las no local correto, os donos devem realizar a coleta, preservando a higiene e respeitando o espaço coletivo.

Mesmo que o espaço seja limpo pela equipe de limpeza do condomínio diariamente, o básico todos conseguem e podem fazer.

Como implantar o espaço pet do zero?

Condomínios mais antigos não possuem uma área específica para os animais, mas é fácil implantar um. Primeiro, é importante aprovar a pauta em Assembleia convocada especialmente para este fim, pois colocar um espaço pet irá modificar a estrutura do condomínio e é necessário para esta situação a aprovação de 2/3 dos condôminos. Além disso, é importante constar no Regimento Interno as regras muito claras sobre a utilização do espaço.

Feito isso, procure uma área, que não precisa ser grande, mas deve ser suficiente para uma boa socialização.

Veja outras sugestões:

– O espaço pode ser uma espécie de gramado ou uma quadra, por exemplo. A colocação de gramas artificiais pode ser agradável aos animais.

– Cuidado na decoração e ao colocar plantas, pois algumas podem ser tóxicas.

– Pesquise por equipamentos de circuitos, como túneis, cordas e obstáculos. Para baratear, é possível usar pneus e materiais recicláveis.

– Dependendo do interesse dos condôminos e do espaço disponível, pode-se pensar em contratar periodicamente um adestrador ou oferecer um período de pet care, com banho e tosa itinerantes, como mais uma comodidade.

Pense em um espaço pet como um investimento para o condomínio, já que não apresenta um custo elevado e irá valorizar ainda mais o imóvel, além de se tornar atrativo para um determinado perfil de pessoas.

Como não existe nenhuma regulamentação a respeito desses espaços, cada condomínio deve estabelecer suas regras de uso e convivência, a fim de garantir um ambiente agradável e seguro para todos (animais e humanos).

E aí, seu condomínio já conta com um espaço pet? Quer falar mais sobre essa experiência?

20/05/2022 | Categorias: Uncategorized

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